Como construí minha guitarra Parte 1 (Comprar, Lixar, Pintar)

Bonsoir, noobs! Segundo post do blog e agora vamos fazer isso de forma constante, certo?!

Fui pensando em milhares de formas de mostrar um pouco do que eu já vi ou do que eu tenho visto, mas como o blog é novo, eu vou mostrar primeiro o que eu já fiz.

Nas minhas conversas com guitarristas, donos de estúdio, músicos profissionais e luthiers, eu descobri que sei fazer bem uma coisa: comprar peças de guitarra e fazer um curso de guitarra online. Eu pesquiso, fuço, tenho mil ideias e vou fazendo um pouco da minha cabeça, mas o que conta é que o resultado acaba gerando elogios, o que me influenciou inclusive a criar o blog. Só preciso aprender a tocar direito agora…

Mas eu vim hoje aqui falar de uma das minhas construções, feita por mim de cabo a rabo. Minha Peavey Predator Made in USA, ano original 1994. Aqui nessa foto ela está semi-finalizada, precisando colocar os captadores.

Agora sim. E pensar que quando eu peguei essa guitarra, ela era assim:

Por que eu escolhi essa guitarra?

Estava barato, essa é a verdade. Eu havia acabado de montar duas Strato Fender customizadas (falo mais sobre isso num próximo post) e resolvi ler algumas coisas sobre cópias de strato (considerando strato apenas Fender). Descobri a Peavey Predator Made in USA (Crafted na verdade, mão de obra USA mas peças não necessariamente), e os elogios ao seu braço, como impressionantemente confortável. Uma originalzinha sai por uns 400 dólares no Ebay, sendo que custava 199 dólares em seu lançamento.

Encontrei esse corpo+braço (série all black que é mais raro) no Ebay por 58 dólares. Decidi correr o risco. Paguei mais 80 dólares de envio.

Impressões

Quando recebi a guitarra, eu realmente pensei: no que eu fui me meter? Mas lembrei: é um guitarra Made in USA. Estudei, vi vídeos, postei no fórum Strat-Talk (para quem quiser ler é só olhar aqui (em inglês).

Sabia que a guitarra é em Poplar com uma folha em maple (depois falo mais sobre o que descobri de madeiras), braço em maple duas peças (tipo scarf joint das Jackson/Ibanez/outras), o que reduz risco de empenamento e que tinha um braço muito interessante.

Pessoal por aí fala mal de Poplar, porém a ressonância é muito semelhante ao Alder, que já não é uma madeira muito nobre. A Fender utilizou Poplar nos anos 90 em suas guitarras Made in USA por questões ambientais, bem como a Music Man Steve Morse é feita de Poplar, bem como as Jackson (inclusive Custom Shop) Made in USA.

O que eu fiz

A primeira coisa que resolvi fazer é compensar as porcarias feitas pelo dono anterior e comprar um bom set de captadores, que para mim são o cérebro do instrumento, afinal, o coração (madeira) estava partido. Escolhi os Seymour Duncan Little 59, uma cópia dos Gibson PAF padrão, e principalmente, altamente disponível. Isso significa que eu conseguiria achar usados com um bom preço. 39 dólares cada.

Capacitores Guitarra

Como companhia, um Seymour Duncan SSL-1, também conhecido como California 50’s

Feito isso, ao trabalho duro. Estabilizar as farpas. Usei um pouco de massa de calafetagem apenas para deixar plano, e mistura de cola cianoacrilato (vulgo Super Bonder) misturada com bicarbonato de sódio. Isso vira um cimento duríssimo.

Depois, lixar. Levei pelo menos 3 horas para lixar o corpo da guitarra inteiro. Foi um dia de bronca da noiva, além de encher o lugar de pó.

Pintura. Eu pesquisei muita coisa. As primeiras guitarras eram pintadas (e muitas são até hoje) com tinta automotiva. Pesquisei a maluquice de pintar com borax (que cria padrões de ondas, swirls tipo a Ibanez Steve Vai), mas achei meio estranho. Decidi pintar com a boa e velha colorgin, disponível e barata. Sobre a técnica, veja abaixo:

Foram 6 camadas, com intervalos de 8 a 12 horas cada.

Mas eu queria mais. Fui atrás de ilustrações, até encontrar no ebay da Inglaterra um vendedor de adesivos tipo envelopamento (stickers_direct) o padrão Paisley, que usei para a construção. Comprei 4 folhas, mas usei apenas duas.

Por hoje fico por aqui, para depois falar com mais detalhes o que eu fiz no braço, ferragens e tarraxas, assim como a finalização do projeto.

Para quem pensa em montar aquela guitarra, comprar peças e sair “fazendo sujeira”, espero ter ajudado até agora!

Curso de Guitarra Online

Depois de todo esse trabalho resolvi aprimorar e começar a fazer o curso de Guitarra Online do Daniel Chermont e curti pra kct, então fica minha dica para você que quer fazer um curso completo, cheio de boas vídeo aulas sem sair de casa. E o melhor de tudo, com um preço muito acessível.

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